"Amo estar dentro do seu coração como um aviso a felicidade,
Amo estar dentro da sua mente como um alerta a sua sanidade,
Amo estar dentro de sua alma como a certeza que eu sou tua e vc é meu.
Amo, mais ainda, saber que quanto mais distantes, mais próximos do real encontro...
Seu olhar entrega-te a mim, seu sorriso mostra-te a meu coração, sua docilidade áspera revela-te a meus instintos que trêmulos se escondem atrás da minha espera...
Seu querer disfarçado em não querer enche-me de borboletas a alma, que agitadas fazem-me cócegas ao coração agitando a felicidade do meu bem querer...
Quando falas a mim com doçura na voz, suavidade no olhar, ah!! Sinto esvaecer a coragem da resistência e luto mortalmente com minhas dúvidas sobre o que quero e o que não quero... quando sua boca chega assim pertinho de mim pra falar algo e sedutora abre um sorriso, minha alma corre pra segurar meu coração que não resiste e quer fazer correr até ti minha boca desejosa do teu sorriso, mas quando olho fixo em teu olhar, ele me diz, não te posso revelar, te quero, te desejo, te amo assim do meu jeito, uma hora muito, outra hora mais ainda...rsss..
Neste instante olho através de ti e percebo: Sou um dos teus segredos."
Kinha Empessoa.
“- Ei, tô com saudade!
- Tá nada!
- Tô ué. Por que? Não posso?
- Poder, pode… mas eu não acredito!
- Tudo bem, retiro o que eu disse. Quer que eu retire a saudade também?”
…
Tão bom se sentimento fosse coisa que a gente retira, né? Tipo fita adesiva, tampa de panela, casca de ovo cozido, maquiagem em fim de festa, lacre de proteção.
Sentimento nem sequer é transferível. Se é, tem alguma coisa errada. Não dá para pegar um afeto, uma admiração, uma saudade, tirar de uma pessoa e passar pra outra. Eu tô falando de sentimento, não de transfusão sanguínea ou de transferência bancária.
Dá sim para sentir isso tudo aí por um bocado de gente, inclusive simultaneamente, e dá até pra passar de um pro outro feito virose, que contamina, contagia. Mas aí é transmissível, não transferível. São só palavras foneticamente parecidas, nada mais.
Sentimento é igual a senha: individual e intransferível. Normalmente você não revela a ninguém, nem mesmo a parentes, amigos ou pessoas de confiança. Basta que você saiba para que exista.
Dá até pra mudar de lugar. Tipo cadeira, cama, geladeira, sofá. Costuma ficar bem num determinado cômodo, lá naquele canto… e pode passar a vida inteira ali, como pode também mudar e pode ser até que fique melhor lá. Tesão pode virar paixão, que pode virar amor, que pode virar admiração, que pode virar amizade, que pode não virar nada. O inverso também funciona. Mas tudo tende a terminar em saudade. Açúcar. Nuvem.
É que, às vezes, a casa fica apertada demais, daí a gente vai lá e retira o sofá, joga fora ou dá pra alguém que esteja precisando. Compra uma geladeira nova e coloca no lugar da antiga. Até acontece. Mas demora. Desapego requer prática. Ou necessidade.
Sentimentos mudam, se transformam, passam, vão embora pra sempre, ou ficam pro jantar, pro café da manhã, pro resto da vida. Mas aí depende deles. É quando, como e se eles quiserem. Sentimento a gente não escolhe. Sentimento escolhe a gente.
Eu sou livre, meus sentimentos também!
- … E se você quiser, eu digo que retiro essa saudade, mas isso vai ser tão útil e eficaz quanto retirar o que eu disse.